Os conselhos aqui são direcionados para quem não sabe ou acha que não é escritor, tem dúvidas, medo, tentou pouco, desistiu ou não sabe o que fazer com isso, mas não consegue viver sem as palavras:
1 – Escreva:
Escreva o que vier a cabeça. Escreva também o que não vier à cabeça (e isto pode ser ainda mais interessante do que o que vem logo à tona). Mergulhe fundo, investigue-se.
2 – Solte as palavras:
As palavras não estão interessadas se é poesia ou prosa, ficção, realidade, diário, manifesto, canção ou qualquer coisa. Elas querem apenas um espaço para se expressar e concretizar ideias, sentimentos, cenas, relatos. Solte-as sem medo. Depois você verá o que pode fazer com elas.
3 – Comece:
Um romance, conto, roteiro ou peça começa por uma frase, uma linha, uma página, depois um meio e o fim. Apenas comece.
4 – Escreva e reescreva:
Tudo que se escreve e reescreve, pode ser maravilhoso ou péssimo, tudo depende do momento. Saiba ler e reler, e ouvir críticas e opiniões. Este processo pode ser rápido, longo, ter sucesso ou fracasso, o importante é continuar.
5 – Escreva sempre:
Você pode escrever mais. Apenas não sabe ou não quer, por falta de tempo ou método. Pense menos e produza mais. Escreva à mão, desenhe palavras, risque nomes, perguntas. Conte seus segredos, lembre coisas que já esqueceu. Ouça e observe muito, conhecidos e estranhos, jovens e velhos, tudo em volta.
6 – Escreva lendo:
Se estiver sem ideias, leia algo que goste. Um novo autor, um clássico, se deixe levar por um texto ou história e tente entender porque gosta tanto daquilo. Entenda a intenção, a estrutura, o clima, o tom. Saber ler é essencial para escrever bem.
7 – Escreva vendo e ouvindo:
Um bom texto nos faz ver e ouvir. Viajamos, escutamos, calamos, choramos. Se gostou de uma história, experimente ler alto ou contar para alguém. Um livro pode nos levar a imagens, músicas, lugares, outros livros, filmes. Escreva assim também, com a imaginação solta.
8 – Escrever é Acreditar:
Gostamos de algumas pessoas mas acreditamos mesmo em poucas. Assim é com as personagens. Fazê-las reais é um teste de verdade. Não importa tanto seu caráter e estilo, mas serem verdadeiras. Um bom personagem é como um bom ator, ele sustenta a cena. Assim como uma história bem contada mantém o leitor preso.
9 – Termine:
Em algum momento é preciso dar um fim em um texto. Mais do que ter senso crítico é importante saber terminar o que começou, encerrar um ciclo. Toda ideia é texto precisa começar e terminar, tem um tempo de vida. Com ou sem sucesso, arrisque-se a enfrentar novos desafios. Escrever é o principal. O resto é consequência.
ESCREVA-SE.
Alguma coisa sempre vale a pena por no papel.
O máximo que pode acontecer é querer jogar tudo fora depois.
Ou então querer escrever de novo e mais.
O limite não existe, está na cabeça, no coração e na ponta dos dedos.
Quem escreve é você.
@robertotostes
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