Pular para o conteúdo principal

Caminhos e Escolhas



Às vezes escolhemos nossos caminhos, ou achamos que sim.
Em outras situações, somos meio que levados e percebemos que na verdade alguns caminhos nos escolheram e nos levaram bem longe.

Cada chão, cada estrada nos apresenta sinais, histórias, possibilidades. Quando viajamos é que podemos perceber melhor que toda a trajetória é uma viagem, mesmo a menor, a mais curta ou a mais rotineira e comum.

Saber o valor disso tudo é aprender a sair dos próprios olhos e de si, para  enxergar o todo, o antes e depois, fora e dentro ao mesmo tempo.

Qualquer pessoa pode aprender a perceber melhor os sinais e escutar e ver as coisas escritas por aí. Ou ouvir melhor o seu próprio coração, vontades, sonhos desejos.

São tantos acontecimentos e situações que se repetem porque cometemos muitas vezes as mesmas falhas e não reconhecemos, tropeçamos e nem sempre aprendemos com os erros.

Quem ensina sabe que o aprendizado só aponta para a frente, para a mudança, para a evolução constante. Quem quer aprender precisa estar aberto ao novo, saber continuar.

Não importa quantas vezes seja necessária a repetição de algo para absorver, para entender, para compreender de verdade uma resposta. Quantas vezes nossa lógica nos engana e nos confunde a razão, a certeza.

As melhores respostas sempre serão as mais simples. E talvez por isso as mais difíceis de enxergar.
Um caminho que nos renova e motiva pode ser novo, mas também pode ser velho, um mesmo chão batido e pisado que não soubemos olhar antes ao andar.

Caminhos e pessoas tem muito em comum. Precisamos deles. Elas também precisam de nós. Querendo ou não, em diferentes graus e situações, estaremos juntos de alguma forma.


@robertotostes



Postagens mais visitadas deste blog

As Pequenas Grandes Qualidades do Twitter

Tudo tem sua forma e tamanho e proporção, conforme o ângulo, o olhar e o ponto de vista. Vejo o  twitter como algo efêmero e surpreendente. Sempre gostei dele por ser pequeno e grande. Por ser rápido, e na maioria das vezes,  sincero. E mesmo nos seus limites de 140 caracteres, dá e sobra para expressar sentimentos de todos os tamanhos. Ele pode ser tipo um fogo de artifício no meio da noite.  Pode ser também um suspiro após um longo vazio ou tristeza. Pode ser como uma lágrima brotando de repente no canto do olho . Ou uma risada solta, do nada, espontânea.  Pode ser também um grande eco, quando é instantaneamente repetido e retuitado por centenas ou milhares e pessoas. Nem sempre pela mesma razão ou causa. Às vezes se fala besteira mas faz parte. Mas quem diz assina e não pode voltar atrás. Ele é sempre mobilizador e provocativo, viral, barulhento. Como se alguém dissesse naquele momento exatamente o que a gente gostaria de dizer. O Twitter acre

NARCISO E OS ESPELHOS SOCIAIS

Diz a lenda que Narciso era um jovem muito belo mas que não se sentia atraído por ninguém. Um dia ao debruçar-se sobre o lago apaixonou-se pela própria imagem. Não conseguiu mais parar de olhar seu reflexo e acabou morrendo assim. Em tempos de mídias sociais multiplicamos nossa imagem em sofisticados espelhos. Nossas fotos  povoam o facebook e instagram, nossos comentários e opiniões espalham-se pelo twitter e outros programas de mensagem instantâneas. Nossos diários ocupam blogs, qualquer vídeo pessoal pode chegar ao youtube ou vimeo e alcançar milhares ou milhões de pessoas. Já compartilhamos álbuns e imagens pessoais mais na web do que na vida real. Como se nos dividíssemos em múltiplas personalidades. O que sobra da identidade original de alguém que a torna pública e cuja vida digital ultrapassa a real? Quem domina o verdadeiro alter ego? Como concorrer com avatares de centenas ou milhares de amigos e relacionamentos que não param de crescer e multiplicar? Corremos o r

Voltando às origens

Nos últimos anos temos visto grandes empresas sumirem do mapa, algumas com décadas de existências ou centenárias, assim como profissões que se extinguem ou então passam por mudanças radicais.  Isso leva a uma grande questão que vale para empresas e profissionais, no que se refere à identidade, valores e proposta de vida. As empresas tem algo a ver com as pessoas e vice-e-versa. Lá no fundo de nós existe uma semente inicial, que é ao mesmo tempo nossa verdade e o motor que nos impulsiona todos os dias. Mas em alguns momentos nos perdemos desta referência. Neste processo podemos simplesmente sair da estrada e demorar para retomar o caminho.  Quando os tempos são acelerados ou após muitas mudanças de curso isto talvez fique ainda mais complicado. O banco do qual sou cliente já mudou de marca três  vezes nos últimos anos e continua no mesmo lugar. Alguns dos funcionários ou gerentes ainda conheço.  Não posso deixar de imaginar e tentar entender em tempos como