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Certezas, Barcos e Viagens



Certezas costumamos ter muitas. Mas na maioria das vezes esquecemos delas.

O tempo passa e fica um eco de algumas que permanecem.

Nem sempre as escutamos ou reconhecemos no meio de coisas entulhadas ou abandonadas. Amamos, odiamos, desprezamos ou ignoramos tantas coisas, pessoas ou sentimentos que até esquecemos as circunstâncias de cada uma delas.

Mas é bom saber que talvez estejamos aqui, em certo ponto, neste lugar e nesta etapa da vida com alguma sensação no peito, em função de uma ou mais delas.

Como bússolas que nos orientam magneticamente, mesmo sem nossa interferência. Elas apenas apontam o norte, o resto é conosco.

Certezas chegam e passam. Pelos milhares de pensamentos que nos rodeiam e o tempo todo tentam fixar algo em nossas mentes. 

Nós mesmos nos transformamos e voltamos na mesma pele em muitas variações do mesmo tema. Às vezes sem lembrar como tudo começou.

Como um barco que chega em determinado porto ou baía. 

Parte dele foi construída por nós, mas não o vento, nem as correntezas, nem as tempestades, nem o sol.

Certezas são preciosas. Sem elas, não temos rumos,  nem acreditamos nem nos arriscamos mais.
Quando verdadeiras para nossos destinos conseguem nos levar mais perto de sonhos do que qualquer coisa.

Certezas envelhecem e morrem. Mas não podemos viver sem elas.

Principalmente  daquelas que nos desvendam e desafiam. 


Só assim fazemos a vida valer a viagem. 

@robertotostes


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