Pular para o conteúdo principal

TER UM BLOG DÁ UM TRABALHO DO CÃO



Tem certas coisas que só na pele a gente sente, vivendo e fazendo. Criei meu blog faz mais ou menos um ano, e há alguns meses estou cuidando de um cãozinho esperto chamado Spot. As duas coisas me ocupam, me perturbam e também me dão grandes alegrias, às vezes até misturando-se uma com a outra.

Meu cachorro volta e meia pede pra sair pra rua, assim como o blog aguarda um post novo, também ansiosamente. Tento agradar aos dois e a todas as obrigações diárias que nos tomam tempo.

Costumo levar o Spot para percursos pré-definidos, mas às vezes acontece de ele querer me levar em outra direção de qualquer jeito ou para um lugar inusitado. Isso também acontece no blog, que de repente assume vida própria e me leva a ter ideias novas e produzir textos inesperados, desafiando meus limites, com humor, criatividade e curiosidade.

Spot me obriga a andar e sair pela rua, o blog me leva a estudar mais, ler outros blogs, trocar comentários e dicas. Por causa desse cão carente também interajo com outras pessoas na rua, vizinhos, estranhos, gente.
Muitas vezes quis ter um blog, mas jamais imaginei que ia gostar tanto de ter um cachorro. Também me viciei mais na internet e num mundo de informações e ideias, no desafio de encontrar bons assuntos, variar o estilo, prestar atenção na reação das pessoas, ver estatísticas e entender o fluxo da web.

Um cão feliz nos pede pouco e nos dá muito em troca. Um blog requer atenção também diária mas pode nos abrir muitas portas.

Enfim, cuidar desses dois dá um trabalho danado, haja dedicação, carinho e atenção. Mas, usando uma gíria antiga, é legal pra cachorro.


@robertotostes
publicado também na PontoMkt
P.s: dedico esse post a meu amigo Gabriel do Blog Ponto Marketing, que comemorou 2 anos de web, e que ele comanda e conduz com raça e maestria, num grande trabalho de equipe, união e amizad


Postagens mais visitadas deste blog

As Pequenas Grandes Qualidades do Twitter

Tudo tem sua forma e tamanho e proporção, conforme o ângulo, o olhar e o ponto de vista. Vejo o  twitter como algo efêmero e surpreendente. Sempre gostei dele por ser pequeno e grande. Por ser rápido, e na maioria das vezes,  sincero. E mesmo nos seus limites de 140 caracteres, dá e sobra para expressar sentimentos de todos os tamanhos. Ele pode ser tipo um fogo de artifício no meio da noite.  Pode ser também um suspiro após um longo vazio ou tristeza. Pode ser como uma lágrima brotando de repente no canto do olho . Ou uma risada solta, do nada, espontânea.  Pode ser também um grande eco, quando é instantaneamente repetido e retuitado por centenas ou milhares e pessoas. Nem sempre pela mesma razão ou causa. Às vezes se fala besteira mas faz parte. Mas quem diz assina e não pode voltar atrás. Ele é sempre mobilizador e provocativo, viral, barulhento. Como se alguém dissesse naquele momento exatamente o que a gente gostaria de dizer. O Twitter acre

NARCISO E OS ESPELHOS SOCIAIS

Diz a lenda que Narciso era um jovem muito belo mas que não se sentia atraído por ninguém. Um dia ao debruçar-se sobre o lago apaixonou-se pela própria imagem. Não conseguiu mais parar de olhar seu reflexo e acabou morrendo assim. Em tempos de mídias sociais multiplicamos nossa imagem em sofisticados espelhos. Nossas fotos  povoam o facebook e instagram, nossos comentários e opiniões espalham-se pelo twitter e outros programas de mensagem instantâneas. Nossos diários ocupam blogs, qualquer vídeo pessoal pode chegar ao youtube ou vimeo e alcançar milhares ou milhões de pessoas. Já compartilhamos álbuns e imagens pessoais mais na web do que na vida real. Como se nos dividíssemos em múltiplas personalidades. O que sobra da identidade original de alguém que a torna pública e cuja vida digital ultrapassa a real? Quem domina o verdadeiro alter ego? Como concorrer com avatares de centenas ou milhares de amigos e relacionamentos que não param de crescer e multiplicar? Corremos o r

Voltando às origens

Nos últimos anos temos visto grandes empresas sumirem do mapa, algumas com décadas de existências ou centenárias, assim como profissões que se extinguem ou então passam por mudanças radicais.  Isso leva a uma grande questão que vale para empresas e profissionais, no que se refere à identidade, valores e proposta de vida. As empresas tem algo a ver com as pessoas e vice-e-versa. Lá no fundo de nós existe uma semente inicial, que é ao mesmo tempo nossa verdade e o motor que nos impulsiona todos os dias. Mas em alguns momentos nos perdemos desta referência. Neste processo podemos simplesmente sair da estrada e demorar para retomar o caminho.  Quando os tempos são acelerados ou após muitas mudanças de curso isto talvez fique ainda mais complicado. O banco do qual sou cliente já mudou de marca três  vezes nos últimos anos e continua no mesmo lugar. Alguns dos funcionários ou gerentes ainda conheço.  Não posso deixar de imaginar e tentar entender em tempos como